A nova unidade de acolhimento para menores sob medida de proteção e em situação de risco, também denominada Casa de Passagem, será entregue pela Prefeitura, por meio da Fundação Cidade-Mãe (FCM), na da próxima semana. De acordo com informações da FCM, o local funcionará na Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô) e abrigará exclusivamente adolescentes do sexo masculino. Lá serão atendidos até vinte menores com idades entre 13 e 17 anos, todos encaminhados pelo Conselho Tutelar ou o juizado competente.
Esta é a quarta casa do tipo na capital baiana. Até o final deste ano, a Fundação Cidade-Mãe pretende implantar mais duas unidades nos bairros de Cajazeiras e Saramandaia. A primeira com capacidade para até 300 menores, enquanto a outra poderá receber um total de 240 meninos. Nas demais unidades espalhadas pela cidade são feito o atendimento para ambos os gêneros.
Funcionamento – Os menores permanecem nestes locais pelo tempo mínimo de três meses, ou até que a reinserção na família seja possível. Em alguns casos, segundo a presidente da FCM, Risalva Telles, o menor pode ser encaminhado para um abrigo permanente, caso o juiz entenda que a volta para casa é inviável. “Após o encaminhamento judicial, esses meninos passam por um período de adaptação com o auxílio de uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos”, explica.
A nova unidade de acolhimento conta com uma estrutura composta por recepção, onde é realizada a triagem dos adolescentes, quartos, sanitários, biblioteca, sala de TV, quadra de esportes, espaço de informática, sala de jogos e jardim interativo, local para as aulas de jardinagem. A casa está localizada onde funcionava a antiga Central de Medidas Socioeducativas do município, que foi totalmente reformada para a nova função. Todo o trabalho de requalificação do lugar foi realizado em parceria com as secretarias de Manutenção (Seman), Cidade Sustentável (Secis) e Limpurb, além da iniciativa privada.
“Neste espaço, buscamos despertar e até mesmo aprimorar a autoestima desses meninos, para que possam compreender melhor o espaço onde vivem, facilitando o seu encaminhamento para a sociedade, seja no âmbito familiar ou no mercado de trabalho. Para que tenham uma esperança além desta situação de risco social da qual vieram”, ressalta Risalva Telles.
Fonte: http://www.comunicacao.salvador.ba.gov.br/